14 de novembro de 2010

Afinal, o que querem as mulheres?

Que as diferenças entre homens e mulheres vão muito além das características físicas, é óbvio. O homem, instintivamente, tem comportamento carnal: sexo, esporte, comida, liberdade. Já as mulheres são, em sua maioria, materialistas: roupas, carro, viagem, dinheiro, etc. Se fossem separados pelos pecados capitais, poderíamos dizer que os homens predominariam com a ira, gula e preguiça; ficando a inveja, luxúria, avareza e orgulho com a maioria das mulheres. Explicar todos estes contrastes seria praticamente impossível, pois encontraríamos diversas respostas para um mesmo tema. Contudo, a pergunta que os homens mais fazem e, que é complicadíssimo se explicar é: afinal, o que querem as mulheres?
Certamente, 90% dos homens responderiam dinheiro. Mas, dinheiro para quê? Para comprar! Este é o maior prazer de 9 em cada 10 mulheres do mundo. Um ser insaciável, consumista e impulsivo. Capaz de qualquer coisa para obter o bem desejado. O prazer da mulher está não no bem adquirido, mas no ato de adquiri-lo. Gostam de serem desejadas e são exigentes. Vaidosas, produzem-se dizendo que são para seus amados, quando na verdade, o fazem para sobressaírem às outras. Poderíamos estar relatando inúmeros exemplos que comprovariam esta teoria, como o fato delas mesmas não serem felizes nem mesmo com a própria aparência, basta observá-las quando estão em frente a um espelho. Encontram defeitos onde não existem ou que são humanamente aceitáveis, apenas pelo fato de modificar, gastar, invejar umas as outras. Imaginem do que pode gostar uma pessoa que não gosta nem do próprio corpo?
Apesar de termos mais neurônios, isto não impede que elas sejam mais espertas e hábeis nas negociações, possuem o poder da sedução e usam de suas armas muito bem para conseguir seu objetivo, pois raciocinam com mais velocidade. As comprovações científicas revelam a capacidade da mulher em estar com sua atenção voltada para diversas coisas ao mesmo tempo. Mas obviamente, a sociedade tem um discurso diferente, e bem mais prazeroso. Dizer que uma mulher gosta de carinho, atenção, afeto, amor, faz parte do jogo. Do jogo da troca de interesses que existe entre homens e mulheres, já que o instinto carnal do homem o enfraquece, mas o deixa satisfeito, realizado com o que, na verdade, a mulher tem para lhe oferecer. Convenhamos nós homens, o que seria do mundo se não fossem elas? E viva as mulheres!

1 de novembro de 2010

Os obstaculos do talento

Há lugares onde, por um certo período, florece a genialidade, e em seguida volta à mediocridade. Atenas entre 450 e 350 hospedava figuras como Sócrates, Platão e Aristóteles, passado este período, nenhum outro os subtituiu. Por quê? Porque as pessoas não nascem mais gênios, ou porque o novo ambiente não ajuda-os a crescer, para ter sucesso, mas dificulta e aumenta outros tipos de personagens? Creio que esta é a causa real. Quando florescem os gênios? Quando a sociedade tem força, otimismo e com muita fome de futuro, de pessoas competentes e brilhantes que não são intimidadas. Tal como no Brasil, do pós regime militar, quando todos queriam deixar para trás a pobreza e criar prosperidade. E o povo estavam pronto para trabalhar duro. Os trabalhadores lutando pelos seus diretos e crescimento profissional, os estudantes por uma escola mais qualificada, a liberdade de expressão.
O efeito devastador de quem não sabe administrar, gerenciar, liderar a sua sociedade, organização ou entidade e os que fazem parte dela pode enfraquecer, limitar e sacrificar aqueles que realmente têm potencial, que se esforçam, que trabalham duro, que merecem. Não recompensam quem é bem sucedido e capaz. Restando apenas os que se afirmam pela capacidade de ‘puxar o saco’ daqueles que têm o poder de descisão. Porém estes que se passam por líderes se esquecem que os melhores estão sempre sendo assediados pelos verdadeiros visionários.
Nos dias de hoje existe a idéia de que estamos em uma "sociedade líquida", onde não importa o que você fez, não vale a palavra lealdade e tão pouco a verdade. Tudo porque se você resistir com esses valores, a sociedade pode deixar de funcionar e em muitos casos “a corda sempre estoura do lado mais fraco”. Esforço é a palavra de ordem. Esforço em se doar mais ao trabalho, esforço em enxergar a verdade e não poder dizê-la, esforço para atingir seus objetivos individuais sem que outros venham a lhe prejudicar. O mais difícil é quando aqueles que têm grande talento estão inseridos em um ambiente que não ajuda e não os entende. Para ter sucesso é preciso ter muita fé, um grande ideal e uma confiança básica em sí mesmo para vencer todos os dias a desconfiança, o cinismo, a inveja e a indiferença daqueles que o cercam.

11 de outubro de 2010

Apaixonar-se é uma oportunidade de se conhecer melhor

A pessoa apaixonada superestima seu(sua) amado(a). Além disso, fica mais otimistas, se apaixona por tudo e todos ao seu redor que seja bom, vê um mundo mais colorido e brilhante. Mas a paixão não é apenas uma ilusão, é também conhecimento. Passamos a conhecer o nosso ‘EU’ mais profundo somente através de outro ser humano. Fazemos isso com nossos pais na infância, em seguida nas amizades e, posteriormente, com nossos amados. Passamos a querer saber tudo sobre nossos amados, afim de desejar estar ao seu lado, amar e ser correspondido. Vemos isso não só como agora, mas como foi em todas as etapas da nossa vida, abrangendo todas as experiências. E o mesmo faz o parceiro conosco.
Do amado só não conhecemos suas projeções. Mas suas ações, suas qualidades, suas virtudes, suas fraquezas, seus erros e seu potencial escondido, estes sim conhecemos bem. Este extraordinário processo de conhecimento só é possível sob duas condições. A primeira é que todos, em sua história de vida, diga a verdade. Só quem é sincero sobre o seu passado, abre seu coração e sua alma para outro e podem se fundir, sem perder sua identidade. A outra condição é a liberdade. Todos devem ser livres para expressar-se, para pedir aos outros o que nós gostamos e dizer que nós não gostamos. Apaixonar-se é uma grande oportunidade de conhecer os seus desejos mais profundos sem perder os limites, restrições, tabus, hábitos que nos impedem.
Muitas pessoas não têm a coragem de deixar emergir o mais íntimo de si, são inibidas, em silêncio, mentem ou mostram apenas os aspectos que eles acham que vai agradar ao amado. Em vez disso, é apenas a continuação progressiva da compreensão mútua que faz o amor durar. Porque o ser humano tem mil faces, mil e um potenciais e, quando se livra dos freios, entrega-os à verdadeira confiança, por isso cada encontro torna-se novo e surpreendente.

1 de outubro de 2010

Integridade moral é assumir a responsabilidade

Acredito que cada pessoa tem um núcleo de personalidade moral que é formado muito cedo, duradouro, que influi no seu comportamento. Este núcleo depende não só da educação ou ambiente social. Há jovens criados no meio do ‘tráfico’, e que não se envolveram. Outros criados em um ambiente político formado por fanáticos violentos que, desde a infância já perceberam que algo estava errado e não se tornaram fanáticos ou violentos, que passaram a fazer críticas equilibradas. Mulheres que viveram entre prostitutas e nunca venderam seus corpos, porque sentiam repugnância em fazer sexo com um homem que não gostava, e sem mesmo terem o direito de escolher o parceiro. Pessoas que roubam todo o dinheiro que queria, mas nunca possuiram algo de concreto na vida. Políticos que viveram em ambientes em que a mentira prevalecia, mas que mantém a sua palavra dizendo a verdade e respeitando seus compromissos, ao custo de parecer tolos e ingênuos.
São pessoas que não deixaram se contaminar pelo ambiente social, que não tenham sido levados pelo exemplo de outros, que não se defedem através de uma desculpa conveniente como: " Mas todo mundo faz assim", ou "Eu tive uma infância infeliz". Não, opuseram-se à sociedade e seu conformismo com a própria escolha, afirmando sua própria integridade e liberdade. E vendo estas pessoas de bom comportamento, percebemos que elas, mesmo tomando um rumo errado, cometendo um erro, não culpam os outros quando são responsáveis.
A capacidade de não culpar os outros, a reconhecer que foi você quem fez ‘tal coisa’, com sua própria vontade, decidir agir dessa maneira é uma grande virtude, permitindo que você mude, que rejeite as pessoas e ambientes que já havia se envolvido antes, rejeitar quem te decepcionou, manter a serenidade, sem rancor, apenas porque você é o autor de sua escolha. É esta a essência da integridade moral, considerar que é você que tem que pensar, julgar, escolher, e assumir a responsabilidade de seus atos, de suas escolhas.

22 de setembro de 2010

Líderes sem consenso não formam equipe

Quando alguém é designado para qualquer encargo como: presidente, diretor, gerente, governante; este é premiado com um ‘poder’. Ele tem a capacidade de planejar, tomar decisões, dar ordens. Mas há uma grande diferença se o seu título e seu poder é legitimado apenas por aqueles que foram nomeados ou aceitos por você, ou, reconhecidos pelos empregados, colaboradores, por aqueles que vivem no ambiente em que opera. Quem recebe este prêmio é um líder.
O líder indica a meta e transmite a todos os níveis da organização, a importância, o valor do que você está fazendo, cria entusiasmo e orgulho, que todo mundo faça bom uso da sua inteligência e gaste suas melhores energias. O líder não tem medo de escolher as pessoas mais criativas, com independência de opinião, porque ele sabe como guiá-los. Os funcionários das empresas de sucesso são sempre formados pelo gerente de primeira classe, e o líder deve manter sua equipe bem informada, prestando consultoria para as grandes decisões em um clima de respeito e harmonia. É uma construção constante onde o líder, seu gerente e seus colaboradores, juntos, contribuem com suas habilidades para o resultado positivo. A empresa torna-se uma comunidade na qual todos estão orgulhosos de pertencer, porque eles vivem o sucesso como se fosse seu próprio.
Infelizmente, nem todos os chefes conseguem se tornar líderes. Porque eles são inseguros, eles não podem propor a metas elevadas, eles têm medo de falhar, impedem a criatividade. Quando escolhem os funcionários, procuram manter apenas aqueles considerados inferiores a eles. E nunca fornecem todas as informações, mantendo-as com si próprio como se fosse um segredo precioso. Não discutem com os outros, não os consultam, não delegam nada, apenas dão ordens peremptórias. Quando vêem que alguns de seus dirigentes começam a ficar bem sucedidos e apreciados pela equipe, passa a ter medo que alguém possa superá-lo, o que poderia colocá-los na sombra e gerar algum obstáculo, e logo procura tentar se livrar dele.
Você pode aprender a se tornar um líder? É difícil, mas você pode se tornar um, aprendendo a trabalhar em equipe, mantendo em torno de si os seus colaboradores, dando-lhes todas as informações, discutindo problemas, se aproximando e atribuindo a cada um os seus deveres, e, posteriormente verificando os resultados em conjunto, de modo que todos se envolvam e reconheçam em você um guia sábio e gerador de oportunidades e crescimento.

6 de setembro de 2010

Fazer amor ou sexo? As fronteiras dos sentimentos

Nós usamos a mesma expressão, "fazer amor" para descrever duas coisas totalmente diferentes. Os americanos têm feito melhor em sua simplicidade prática, introduzir o termo "sexo" que tem a vantagem de nos dizer que o sexo pode ser feito como qualquer coisa: uma caminhada, almoçar, ir às compras, etc. Sexo, de fato, pode ser um ato voluntário, sem qualquer envolvimento emocional, sem a necessidade de conhecer a vida do parceiro, sem participar de suas emoções, seus sonhos. Um homem observa uma mulher, uma mulher observando um homem, se sentem atraídos fisicamente, faz um convite para um restaurante, bar, festa, enfim, e juntos, depois, são atraídos pelo desejo de se verem nus, de beijar, de se penetrarem e assim parecem que não podem evitar um do outro, gritando com prazer, e em seguida, descansam.
Mas se durante a relação sexual fosse trocado o parceiro, será que continuariam se comportando da mesma forma? E, se ainda, após esta troca, qualquer um dos parceiros retornasse ao parceiro anterior, conservando uma recordação gostosa do passado, mas sem saudade e arrependimento, como seria? O sexo puro, “fazer sexo” é inerentemente impessoal e potencialmente promíscuo, pois, com a mesma frase, trocando a palavra sexo por amor, "fazer amor", mostra a relação entre um homem e uma mulher com amor total, exclusivo, apaixonante, erótico e espiritualmente de crescimento ao longo do tempo. Um amor em que os dois fundem seus corpos e suas almas e criam uma terceira entidade que não existia antes, o casal apaixonado, que cria um feitiço, uma bolha, onde ninguém pode entrar sem contaminar e destruí-lo. Como o puro sexo era em sua essência impessoal e promíscuo, o grande amor erótico é, em essência, puramente pessoal e fiel. Querem a lealdade e aproveitam dessa fidelidade, pois incide apenas sobre a pessoa amada em descobrir a riqueza e a beleza infinita do prazer sexual sempre novo, em uma surpreendente revelação contínua.
Muitas vezes, estes dois tipos de amor se confundem com conseqüências desastrosas. Quando a pessoa que vive um grande amor exclusivo procura experimentar sexo com outro parceiro, destrói o encantamento e não pode mais encontrá-lo. E se os dois são usados para trocar de parceiros e de repente um deles cai no amor pelos outros e seu amante continua a se comportar como antes, ele será devorado por um ciúme incontrolável, porque ele é expulso do ‘paraíso’ em que ele estava prestes a entrar. Os americanos estão certos em usar o termo "sexo". O grande amor erótico é outra coisa.

23 de agosto de 2010

A competição para a excelência

Os grandes cientistas passam suas vidas em laboratórios, buscando conhecer e discutir com seus colegas e seus alunos as hipóteses, os resultados para a qual o lugar da investigação torna-se uma escola, os melhores ambientes. A criação é sempre o resultado de um processo complexo, encontrando uma diversidade de pessoas, necessidades, problemas, sonhos, analisados por professores e alunos. Muitas vezes o professor vai explicar as idéias só porque ele tem de explicar aos seus alunos como eles são bons, incentivando-os a procurar o conhecimento cada vez mais.
Até mesmo uma empresa pode ser uma escola. Especialmente quando o empreendedor está pessoalmente envolvido no design do produto, processos de produção, mantém estreitas relações humanas com seus gestores, com o pessoal, com os clientes. O empresário de sucesso deve ser o primeiro a chegar à sua fábrica, escritório, ambiente em geral para acompanhar de perto a produção e o desenvolvimento do produto e resultado final, participando ativamente de todas as etapas do processo. Grandes empresas de sucesso têm sido sempre as escolas que criaram gestores e empresários de valor. Tem também o ambiente social. Nós pensamos que uma universidade como a de Boston, Harvard, Universidades Federais Brasileiras, entre outros, onde convergem e interagem com os mais famosos cientistas do mundo inteiro, é essencial para a obtenção do sucesso.
O fator decisivo é sempre uma concentração suficiente de pessoas de valor, em contato e em competição entre eles, mas uma competição que tem como objetivo atingir a excelência. Excelência, que é medida sobre o produto e os resultados científicamente comprovados. Para aprender, temos que produzir alguma coisa juntos, que deverá obter o reconhecimento dos outros. Você não tem idéia dos surpreendentes resultados obtidos em todos os campos compromentendo os jovens a fazê-los trabalhar com professores de grande conhecimento, sensibilidade e cultura. Temos que aproveitar o imenso potencial que existe em nosso País para que possamos fazer maravilhas em nossa sociedade!

12 de agosto de 2010

A paixão pela fulga

Quero falar de uma tragédia típica do nosso tempo, a busca pela fulga de uma relação estável. Antes, o povo ficava preocupado e se ocupava dos amores e divórcios dos famosos, porque os consideravam diferentes. Com a televisão e a internet, hoje, as ‘estrelas’ são misturadas com pessoas comuns, onde qualquer pessoa pode tornar-se subitamente famoso, criando a ilusão de que todos nós podemos fazer como eles, trocar de parceiros em regime de rotatividade. Foi também alargado o período em que adolescente fazem e desfazem amores sem qualquer problema. Mas na vida você também cria laços fortes, que são situações onde nos faz sentir presos e causa dor com as percas. Situações em que aparece o tipo de amor que podemos chamar de "fuga".
A paixão explode quando duas pessoas estão descontentes com a situação em que vivem, das relações que são e estão prontos para mudar, para realizar o seu potencial oculto, para criar a fantasia de um futuro melhor. Todo mundo se apaixona por alguém que mostra simbolicamente o destino desejado. Mas o amor, apaixonado, sempre é projeto de vida e quando não se consegue, se torna irrecuperável, e falha. A tempos atrás o projeto era se casar e constituir família. Hoje é viver uma vida amorosa movimentada e atuar lado a lado com as multações do mundo. O amor de escape vem de uma profunda insatisfação com o que você está enfrentando, mas não se torna plano concreto de união. Resta apenas uma fuga, uma maneira de escapar da realidade, para esquecer.
Isto é o que acontece com a maioria dos chefes de família (seja homens ou mulheres) pobre, sem dinheiro para sustentar o/a companheiro(a) e filhos. A pessoa se sente preso, ele não sabe o que fazer. Poderia fugir de casa e terminar entre os "que já viu isso?" Ou refugiar-se nas bebidas ou drogas. Porém, ao contrário, se apaixona, fugindo do êxtase da paixão erótica. Mas não consegue criar um projeto, deve voltar ao seu ex-companheiro onde encontrará apenas brigas rotineiras, dor e miséria. Todos os dias ouvimos falar de pessoas desesperadas que foram abandonadas com seus filhos, de companheiros que, após o divórcio, já não sabe para onde ir dormir. Por favor, não faça o erro de ver neste artigo uma crítica ao divórcio. É apenas uma crítica superficial que muitos têm a atitude frente ao mundo do erotismo e do amor. Como se o ímpeto foi um guia seguro, como se o sexo e o amor pode ser manipulado à vontade. Embora esta seja uma área onde nós temos que pensar, usar a inteligência e haver um forte senso da realidade e do dever. Sexo e amor, nem sempre, pode funcionar como gostamos ou não.

28 de julho de 2010

Não reaja aos provocadores

O que é uma provocação? Uma medida que visa pôr em marcha uma reação em você de forma desordenada, irracional, ridícula, fraca ou excessivamente agressiva. Há muitos graus de provocação. Alguns só querem provocar uma reação emocional, confusa. Como as pinturas de Picasso ou os programas televisivos como o Big Brother. No desafio sempre há uma inversão de papéis. A pessoa que é geralmente considerada inferior trata com inferioridade e desprezo aquele ou aquilo que é geralmente considerada superior. As dificuldades e suas causas, levanta o seu ressentimento. Estudantes protestam e o grupo de alunos deixa a relação de respeito com o professor desafia-lo com arrogância, e se o mestre reage, repreende-o como se ele fosse um aluno indisciplinado. Uma importante forma de provocação é que o bully para sua vítima.
Os empurrões, os insultos e, quando protesta, tem sua reação como uma razão para bater. O perseguidor que usa a provocação para justificar a perseguição. A provocação é freqüentemente usada para estimular um conflito e, em seguida, dar a culpar o outro de ter começado. Bandos que querem provocar uma briga faz avanços a um componente mais fraco do grupo contra, depois fingem não ter feito isso de propósito, tentando passar a culpa a um dos adversários. O outro responde, diz que ele atacou e aproveitou a oportunidade para desencadear a batalha. Esse tipo de provocação é usada na política. Muitas das frases que são trocadas entre a provocação política é a que acusam de tanto reclamar. Os nazistas insultaram os judeus, quebravam suas casas e, quando receberam algum tipo de reação, reagiam gritando com raiva de ser suas vítimas. Em todas as partes que se utiliza a violência para a figura do quadrado é o agente provocador que joga uma pedra, um coquetel molotov e em seguida começa a gritar que ele foi atacado. E seus amigos estão prontos para testemunhar em seu favor. Conclusão. Quando percebemos que esta é uma nota provocativa que, em resposta, ele será sempre dano e, portanto, é melhor não responder, deixe, deixe só o provocador, pois ele quer liberar o pior de você.

16 de julho de 2010

O amor abre os olhos e o coração

Em quase todas as experiências da beleza, a sua revelação é apenas uma circunstâncias excepcional ou em determinado período da vida. Isso é o que sente a mãe ou o pai quando têm filhos pequenos. Assim, cada dia, cada vez que os vê, ficam surpresos e emocionados com a graça extraordinária de seus corpos, seus gestos, seus olhares. É uma surpresa constante, uma contínua descoberta da beleza, que faz haver a necessidade de abraçar, beijar para sentir algo do filho em seu próprio corpo. Mas o mesmo acontece quando você está apaixonado e observa o encanto no rosto, no corpo, no modo de falar, de sorrir, de caminhar da pessoa amada e lhe somos gratos que lhe foi concedido como um dom, como um privilégio incrível.
Mas o amor nos torna capazes, também, de ver as belezas do mundo que nos rodeia. Alguns dizem que é uma ilusão, que quando estamos apaixonados projetamos as nossas fantasias sobre o mundo, mas acho que em vez disso, este sentimento reforçar a nossa capacidade de ver, ouvir e sentir melhor as coisas à nossa volta. Mãe brincando alegremente com seu bebê cada vez mais conscientes da cor e dos brinquedos que mais agradam e divertem. E quando você viaja com a pessoa que você é apaixonado, e descobre, como uma revelação, a beleza estonteante das casas e da arquitetura da cidade que você está visitando, o encantamento das ondas no mar, o fogo de um por do sol ou de uma poesia sublime. E se você multiplicar toda a conversa, se você compartilhar estes pensamentos e emoções com a pessoa amada.
E quando apreendemos a beleza de uma paisagem ou uma obra de arte por si só, temos uma experiência que se assemelha a um êxtase de amor. Nesse momento, é como cair as barreiras que nos isolam do mundo e da essência do objeto de quebra, e toma posse de nós. Como no amor, quando entram em contato direto com a natureza profunda do outro, eles tomam essa singularidade incrível, única, inexplicável.
Não se admira, portanto, se o amor nos leva a ver a beleza. Porque ele abre os nossos olhos, ele abre seu coração, nos coloca em contato direto com a realidade. O oposto acontece se ao invés disso, fechados em nós mesmos, triste, rancoroso, desconfiado ficarmos, porque quando o nosso coração está fechado, também estão fechados nossos olhos. E nós podemos passar diante das mais surpreendentes maravilhas naturais, os trabalhos mais sublimes da arte, da pessoa mais linda do planeta, sem ver, sem ouvir, sem sentir.

7 de julho de 2010

Os autoritários erram com mais facilidade

Todos nós cometemos erros de todos os tipos e por muitas razões diferentes. Descuido, ignorância, medo, falta de cuidado. Mas quando olhamos para os grandes eventos históricos, muitas vezes têm-se a impressão de que muitos erros surgem a partir de um estado alterado da mente, uma excitação excessiva, tontura, e até mesmo o excesso de confiança. Hitler nunca havia ido aos Estados Unidos, não tinha idéia do poder industrial americano, mas ele tinha construído uma idéia imaginária de sua fraqueza. Quase todos os revolucionários cometem erros, pois eles enfrentam situações catastróficas que são totalmente novas.
Muitas decisões históricas foram feitas em um estado de excitação coletiva entorpecendo as faculdades críticas. Quem pensaria que a Primeira Guerra Mundial duraria apenas alguns meses. Duas décadas depois, os alemães estavam convencidos de que com suas tropas e tanques blindados não teriam adversários que os vencessem, haviam pensado que bastasse uma quantidade suficiente de aviões para se fazer render os inimigos. Muitos líderes que saltam para a ribalta em situações de guerra ou revolucionárias são personalidades, muitas vezes, autoritários e impulsivos com pouco senso crítico em nunca admitir que estivessem errados.
Arrastar os outros com seu fanatismo e levá-los a fazer atos imprudentes. Pense em quão estúpido que os estudantes que ocuparam as universidades e as ruas, nos anos sessenta e quanto dano que eles criaram ao sistema militar. É claro que em circunstâncias excepcionais, também emerge a personalidade extraordinária, capaz de criar e construir. Mas todos em perigo de excessos. Mesmo Napoleão cometeu um erro fatal de presunção, quando ele parou em Moscou aguardando o rendimento do czar. Assim, as causas do erro são infinitas, sabemos que todos nós cometemos erros, mesmo os mais tímidos, os mais atenciosos, e, mais cautelosos, e apenas um descuido, um erro insignificante. Mas, certamente, nos momentos dramáticos da história, erram com mais freqüência, as pessoas ou líderes mais agressivos, autoritários, megalomaníacos, que não admitem seus erros, agindo em um estado de excitação ao ponto de perder seu senso de realidade.

26 de maio de 2010

Vaidade, pequeno vício provocante

Já ouvimos e vimos histórias de artistas famosos que costumam exagerar com algum tipo de ‘mania’, desde o vestuário, carros, jóias, e tantas outras. Mas nem sempre toda esta extrapolação é o suficiente, tudo isto para ser apreciado, admirado, venerado. Vaidade no dicionário significa: "Desejo imoderado de chamar atenção, ou de receber elogios. Idéia exageradamente positiva que alguém faz de si próprio; presunção, fatuidade, gaba. Coisa vã, fútil; futilidade. Alarde, ostentação, vanglória”. A palavra "fatuidade" indica um exame de incoerência, de superficialidade, comportamento tolo. Mas como distinguir a vaidade de atitudes auto-justificáveis? Certa vez, assisti a um filme que contava a história de Mozart. No filme, Ele era absolutamente seguro de sua genialidade e ficava feliz e satisfeito quando alguém o elogiava. Para os músicos da corte de Viena, no entanto, o jovem Mozart tinha pouco valor e o julgavam como um vaidoso. E a história girava em torno de uma auto-afirmação e dos ciúmes e inveja que provocava.
A pessoa invejosa sempre se confronta com alguém que ele se considera superior. Identifica-se com ele, toma-o como modelo, procura superá-lo, procura sucedê-lo, mas ao fim falha. Derrotado, fica mal e torce para que o outro erre também, mas se isso não acontece, o ciúme aumenta ainda mais. Então começa a espalhar conversas desvalorizando seu suposto adversário, tentando convencer os outros de suas fantasias que não existe, denegrindo e dificultando o avanço para tentar destruí-lo. Mas ao fazê-lo, em muitos casos, obscuramente sente-se enganado, porque o vaidoso tem esta capacidade de enganar até a si mesmo. Não tem senso crítico, é convencido de ser superior, congratula-se com o seu valor, orgulha-se. Outros vêem as suas limitações, mas ao contrário do invejoso, o vaidoso, em sua maioria procura não difamar, denegrir, por julgá-la uma atitude perigosa.
Comparado com inveja, que é um mau, a vaidade para muitos pode ser considerada uma luz, um vício ligeiro que faz as pessoas sorrirem. Mas só se não for combinado com o poder! Por que, então, torna-se a vontade de impor a sua superioridade sobre todos. Lenin, Stalin, Hitler, Mussolini, Fidel Castro, Mao Tse Dong, e tantos outros ditadores exterminaram seus rivais e colocaram seus retratos por todo o país para que todos lembrassem a cada momento quem era o todo poderoso. Se a sociedade se preocupasse mais em somar em prol do bem comum, talvez pudéssemos diminuir o índice destes dois pecados capital e estreitar as diferenças entre os povos e suas classes, dando valor a aquilo que realmente tem valor real e humano.

11 de maio de 2010

A nova posição do líder

Ao longo da história, partidos políticos, igrejas, clubes de futebol, sindicatos, são todos nascidos a partir de movimentos coletivos que criam solidariedade, ideais e liderança carismática. O movimento torna-se então uma instituição que cria regras para manter sua organização, pois um sistema só funciona se houver aliados fortes e direcionados ao bem comum. Em ano de eleição e de copa do mundo, estes movimentos tornam-se mais acalorados e disputados. Pense que a classe política procura, sempre em anos eleitorais, adequar seus ideais às necessidades da população. O que não acontece, por exemplo, com o técnico da seleção que tem que adequar suas necessidades aos ideais do torcedor. Poderíamos dizer então que enquanto o povo pensa com o espírito de que ‘temos que aproveitar o bom momento’, o líder pensa como aquela famosa frase: ‘em time que está ganhando não se mexe’.
Tudo isso combinado revela a postura que nem sempre é seguida à regra pelas lideranças, tornando-se, em certos momentos, uma situação confusa e difícil de controlar. Mas os tempos estão mudando para os menos favorecidos e os menos desavisados, com a inclusão digital e os meios de comunicação mais acessíveis, a população consegue obter em um espaço curto de tempo respostas às dúvidas mais freqüentes, e, emitir sua opinião e debater seu ponto de vista, fragilizando e intimidando os incapazes de tomar decisões críticas e os maus intencionados. Claro, esse comportamento é apenas uma visão de que, nas entrelinhas, atitudes assim possam resolver parte dos problemas, onde a população e seus líderes passem a agir de forma eficiente e adequada, diminuindo a desordem e criando uma nova ‘onda’ a partir da qual surjam novos líderes e movimentos carismáticos, fortalecidos e empenhados a praticarem a justiça.

28 de abril de 2010

Uma boa escola, um bom cidadão

Os estudiosos de hoje vivem repetindo que o nosso sistema social está cada vez mais desconstrucionista. Saímos de um industrial para uma sociedade pós-industrial, em seguida, o pós-moderno e, finalmente, o que atualmente chamam ‘líquida’ porque tem mais regras e laços fortes. Mas em fases de desconstrução e reconstrução seguirão novas fases de reconstrução já iniciadas. Observamos o campo da educação. Cinqüenta anos atrás, o encontro entre o marxismo vulgar e a psicanálise, nasceu uma pedagogia que não precisava impor regras e conceitos. A criança só deveria memorizar a tabuada, poemas, nomes geográficos, datas da história, e o básico da gramática. Esses educadores acreditavam que o indivíduo estaria mais livre sem a pressão da responsabilidade com o futuro criando um vácuo que em muitos casos foi preenchido por meio da cultura e do talento individual. A pedagogia de nível reduzido que propunha, às classes menos favorecidas, eliminar as diferenças, na verdade teve o efeito de fazer milhões de pessoas ignorantes e dar prioridade somente àqueles de classe social alta, que poderiam ir a escolas e universidades de excelência, onde os professores eram respeitados e seguiam rigorosos programas.
Nos dias de hoje, a educação se mostra um pouco diferente quanto à exigência social e de mercado, onde existe um número crescente de pessoas, de todas as classes sociais, que buscam uma escola mais séria, mais rigorosa, mais autoritária e com professores treinados, onde comecem a compreender que a escola e seu grupo docente são fundamentais e indispensáveis na construção de normas morais aprendidas desde a infância. A escola não pode esperar que a criança aprenda por si só regras que possam fazer parte da inserção social sadia e construtiva, como por exemplo: não roubar, se envolver com drogas ou intimidar seus companheiros. O professor tem obrigação de ensiná-los e garantir que o aluno fixe na mente os bons ensinamentos, tornando-se um hábito cotidiano.
A responsabilidade social está crescendo, mas os profissionais que realmente estão dispostos a aceitar este desafio ainda são poucos. Estes profissionais de educação estão percebendo que a nossa ordem social atual é baseada no seguinte mandamento fundamental: "Comporte-se com os outros como você gostaria que ele se comporte com você." Um mandamento que não pode ser demonstrado com um cálculo dos custos e dos benefícios. Ou você aceita ou não aceita. Em cinqüenta anos passamos do autoritarismo para a anarquia cega. Mas não maior do que a ‘pureza líquida’, de onde deve começar a reconstrução de nossa sociedade, através de uma boa educação.

14 de abril de 2010

A política e o evangelismo ameaçador

O olhar orgulhoso, o hábito da prosa profética, caracteristicas marcantes que fizeram, nas ultimas décadas, líderes evangélicos começarem a ganhar espaços na sociedade e no meio político com discursos fortes e avaliações rigidas de moralidade. Por muitos anos temos vindo a imaginar os evangélicos como uma falange romana pronto para tudo, principalmente, para o bem da sociedade em geral. Sermões inflamados, sobre os inimigos espirituais, políticos, mercado financeiro, etc. Durante anos, esta imagem tem tido um efeito impressionante. Nas ultimas eleições, o resultado da sua grande mobilização de fé, construiu grandes resultados para a classe envangélica por mobilizar a maioria da sua base e trazer para dentro das igrejas, projetos que poderiam ser decisivos na mudança social, pois os eleitores e fiéis acreditam em discursos com valores morais e fundamentais para a familia.
Mas nos dias de hoje, parece que algumas destas coisas estão mudando. A falta de sucesso em matéria de moralidade pública não foram avaliados com generosidade às congregações religiosas. Onde o dinheiro só beneficiou alguns pastores e suas organizações, e não o projeto social como um todo. Um dos exemplos mais recentes e divulgados foi o caso da Igreja Universal e seus pastores, chefiados por Edir Macedo. Foram estes e muitos outros escândalos que fizeram a opinião publica rever conceitos e repensar sobre a mobilização dos seus eleitores, que não foram suficiente para ganhar o prometido, porque para os fiéis não houve um candidato com a marca da intolerância religiosa. Sendo assim, as igrejas independentes não terão chances de resistir e de lucrar mais. A estratégia de reestruturação, neste caso, poderá ter duas vertentes: para convencer e para reduzir o dano, torna-se objeto de uma campanha acirrada discutir o aborto, pobreza, saúde, pedofilia e outros temas fundamentais, guiado por valores morais.
Que as rachaduras no relacionamento entre os evangélicos e a política estão a tornar-se crateras, parece se confirmar. Ditando característica dos políticos religiosos voltados apenas para fins internos de suas congregações. A mudança para uma vida melhor e seu sistema ideológico é, atualmente, severamente contestado. Mas a oportunidade para recuperar uma parte do eleitorado religioso, e particularmente o evangélico, devera passar por uma profunda mudança, onde somente os verdadeiros pastores e suas instituições sobressairão. Este é o mais recente sinal de que a união da política e o evangelismo ameaçador está perdendo espaço, apesar de sua força organizacional e material não estarem mais em sintonia, assim como uma parte significativa de uma nova geração de evangélicos.

30 de março de 2010

Admiração ao líder... à distância

Sempre houve duas escolas de pensamento sobre o papel das paixões na formação da sociedade, tanto coletivamente como em dupla. Uma corrente afirma que uma empresa ou sociedade é formada por contrato e que a paixão pelo líder só pode confundir e perturbar. Para alguns estudiosos, os homens estão lutando uns contra os outros e somente colocam um fim à violência quando racionalmente decidem atribuir o poder a um chefe soberano em troca da paz e da ordem.
Todos os anglo-saxões, formadores de escolas de cientistas políticos, afirmam que os seres humanos associam-se com base em um cálculo de análise custo-benefício. Ao agir impulsionado por paixões criam heróis e monstros políticos. Grandes sociólogos têm mostrado que as paixões têm uma força construtiva na organização de uma sociedade, onde o "líder carismático" é amado pelos seus seguidores e unifica o grupo com uma mensagem de fé e esperança. No desenvolvimento deste conceito poderíamos afirmar que todas as igrejas, partidos políticos, governos, sindicatos e outras instituições são formadas por movimentos emocionalmente sociais a partir do qual emerge o grupo unido e de cabeça.
Em seguida, o movimento torna-se uma instituição, onde acreditamos que o amor cria um forte vínculo que pode durar um longo tempo nas mais variadas instituições que compõe a sociedade. Então, podemos dizer que, nos movimentos coletivos, seus seguidores se apaixonam por seu líder carismático? Em certo sentido, sim, amam-no de paixão, o idealizam e alguns estão mesmo dispostos a lutar por ele. Mas é um amor à distância, sem uma relação pessoal.
Por isso pode durar mais tempo este sentimento social e profissional, mas que com uma aproximação pessoal pode, em alguns casos, se transformar numa incompreensão, uma decepção, um mal-entendido que o faz acabar. Só os seguidores que estão distantes de seu líder tenaz que idealizam esta paixão. Aqueles que estão próximo poderão encontrar fraquezas e falhas, com isso podem diminuir a motivação e a inspiração. Napoleão disse que todos os seus marechais acreditavam ser melhor do que ele. Muitos desses pensavam que poderiam tomar o seu lugar. Uma ilusão. Os milhões de seus seguidores continuaram a admirá-lo e perdoaram todos os erros, até mesmo na derrota.

19 de março de 2010

A união perfeita é o matrimônio? Sim, enquanto dura

A tempos atrás, uma vez que todos se casavam, o casamento era a estabilidade do lar, da família, garantindo a respeitabilidade, a ajuda que necessitavam, uma garantia de uma velhice serena. Não eram permitidas outras formas de erotismo, a figura do chefe de família era respeitada. O casamento era indissolúvel e, portanto, até a morte. Hoje, tudo mudou. A sociedade oferece a independência individual e econômica para cada um fazer sua escolha à educação, emprego, segurança, saúde e principalmente ao parceiro. Um grande exemplo é que os jovens, hoje, já na adolescência possuem suas relações amorosas e eróticas criando uma imagem de independência, liberdade de escolha e de acesso fácil, ocasionando posteriormente, trocas de parceiros com maior freqüência.
Normalmente se casam quando pensam em ter filhos ou quando é conveniente do ponto de vista econômico, mas também o nascimento dos filhos, não os impedem de divórcio ou de separação e então de ter um novo relacionamento. O casamento está se tornando seqüencialmente: um cônjuge a cada tempo, por períodos. E nos intervalos das relações voltam a experimentar a vida de solteiro. De fato, o casamento e a convivência duram até que os dois parceiros estão bem juntos. Alguns enquanto sentem um amor apaixonado, se entendem, se gostem eroticamente, são sinceros, leais e fiéis para que possam ter uma relação pacífica. Mas quando passa a existir ‘rachaduras’ no relacionamento amoroso, mais cedo ou mais tarde, o casal se separa, às vezes, de forma ruim, odiosa, venenosa.
Por este motivo, é importante a sociedade sempre estar discutindo a vida familiar. Muitos erros são por causas supérfluas, por ignorância. Pois o amor é muito frágil e sensível, onde basta uma diferença no modo de pensar, uma diferença no comportamento erótico, tentar impor um próprio ponto de vista ou preferência para que o parceiro(a) fique descontente e comecem a competir entre si. No entanto, também existem casos de amor forte e apaixonado que duram décadas. Qual é o seu segredo? Talvez, no fundo, há uma afinidade misteriosa da alma com o corpo, mas também a tolerância, a capacidade de falar, compreender, para dizer o que eles gostam e não gostam, com sinceridade, com franqueza, com respeito.
Mas nem todos podem alcançar este amor total que, por outro lado, também pode acabar um dia. Agora, se a estabilidade do casamento depende tanto do amor, podemos questionar então: apesar de não tocar em tudo o casamento tradicional, não é apropriado considerar outras formas de direito ou de contratos de casamento que permitem soluções mais articuladas e adaptadas às diferentes circunstâncias do nosso tempo? Pois nos tempos de hoje, a vaidade e o dinheiro tem sido motivos constantes de separações e de individualismo.

11 de março de 2010

Os novos líderes carismáticos

É fácil afirmar, nos tempos de hoje, que a regionalização facilita o surgimento de líderes políticos locais em conflito com os líderes nacionais. É verdade, mas é apenas um sinal de que todo o sistema político e estadual é burocrático e arcaico, neste caso então podemos esperar que dentro de poucos anos aconteça uma mudança considerável. Mas nunca as grandes mudanças ocorrem por meio de acordos, reforma, e decisões racionais. Ocorrem através de movimentos coletivos que amadurecem e explodem de forma inesperada. Só eles são capazes de gerar novas formações políticas, e conseqüentemente gerando o novo líder carismático. Alguns cientistas políticos contorcem a boca em frente a esta afirmação. Porque esta classe é formada por estudiosos racionais demais para admitir que a história é moldada pelo transtorno emocional. Mas os fatos não deixam dúvidas.
Deixando de lado o século passado em que as mudanças que aconteceram no mundo eram causadas por movimentos como o nacionalismo, o comunismo, o fascismo, o nazismo, o maoísmo, o islamismo e assim por diante. Olhamos para o Brasil. Mesmo aqui, as últimas grandes mudanças políticas tiveram lugar sob a pressão do movimento popular, onde podemos citar entre as mais recentes a luta contra o regime militar, a campanha das diretas, o movimento dos Sem-Terras e o impeachment do presidente Collor. Movimentos que têm gerado transformações e fizeram surgir líderes carismáticos como o presidente Lula.
Em termos gerais, no entanto, podemos dizer que os novos movimentos sempre aparecem quando ninguém espera e sempre levam ao poder pessoas que ninguém considera no momento. O movimento cria uma mudança, porque não seguem o modo de pensar e regras válidas na atualidade. Muitos dos que ganharam capital político por jogar pelo seguro, num futuro próximo, podem ter algumas amargas decepções. Porque as grandes mudanças nem sempre são resultado de decisões racionais.

26 de fevereiro de 2010

Quando caem os ideais...

O mundo tem sido movido, em sua história, por ideologias: as esperanças para uma renovação radical na qual todos os homens se tornem irmãos. O cristianismo começou com um sonho, aumentou com o iluminismo, renovado pelo marxismo. Os comunistas estavam convencidos de que eles tinham iniciado o processo que iria libertar o homem de cada necessidade e cada ganância. Hoje, esta fé fanática quase não existe mais, mas infelizmente estamos também perdendo a esperança de um melhor desempenho social e espiritual. O comunismo é, por sua vez, apenas uma organização de ajuda econômica mútua. No mundo católico, alguns perderam o rumo e o ânimo, enquanto a moralidade secular parece mesmo ter desaparecido.
O que acontece quando desaparece qualquer sonho de perfeição e de sociedade? Quando o ser humano não sente o desejo de superar seu egoísmo, melhorar moralmente, para criar uma comunidade em que são concedidas com base no mérito e na virtude? Perdidos os ideais, o que transforma o impulso humano que aponta para seu crescimento? Somente o poder e o dinheiro. Poder torna-se um fim em si mesmo. Quem não cresce no bem sobe na pirâmide de quem está no poder. Em qualquer campo, na política, finanças, judiciário, universidades, televisão. Então não importa o que você faz e como você faz isso, porque poder e dinheiro corrompem a alma. Todos os meios se transformam em legais para se escalar o topo: acordos, chantagens, sociedades secretas, de licenças públicas, subornos, enfim em todos os gêneros. A grande batalha da turbulenta política mundial esconde políticos, juristas e demais pessoas que acumularam um enorme poder e riqueza.
Vivemos em uma época de cinismo, de cobiça, de mentiras, das sociedades secretas, de comportamentos errôneos não divulgados na mídia em geral. Estas são as forças que fazem mal e degradam a luta política e judicial, porque, quando os ideais estão faltando, só há uma potência que se opõe a outra. Exige uma tremenda força para resistir, para continuar a agir com integridade e rigor, quando outros não a fazem. Mas há sempre pessoas corajosas, que fantasiam, que tem fé e que pelo menos querem dar um exemplo para os jovens. E a história nos mostra que em algum ponto os corruptos se autodestroem. Devido a sua ineficiência que os enfraquece e, além de um certo grau de inércia, os homens se rebelam, buscando uma nova liderança e recomeçam a construir uma nova esperança.

19 de fevereiro de 2010

Receita contra a recessão: inovar

A recessão econômica se manifesta antes de tudo como uma crise de fantasias, de imaginação, criatividade, um fechamento restrito onde não se corre nenhum risco, nem mesmo meter-se a pensar um pouco mais. Se não se pode agir, na verdade, param de projetar e depois param também de imaginar, sonhar. É o oposto do que acontece nas fases de expansão. Após a segunda guerra mundial, houve um grande desenvolvimento econômico, porque todos sonhavam com um mundo novo. A criatividade não foi só econômica, mas em todos os campos. Na ciência, podemos citar a descoberta do DNA, a teoria da informação, a teoria do caos. No cinema, cineastas como Steven Spielberg, Hitchcock e atores como Marlon Brando e Sophia Loren. Temos também os grandes pensadores, entre os tantos Levy Strauss.
Na atualidade, recessão é uma palavra que causa temor, cautela, tão somente não fazer coisas novas, mas estar com medo do novo. Portanto, há grandes empresários, grandes escritores, grandes pensadores que, eventualmente, não são reconhecidos. O público recebe produtos de má qualidade e se acostumam com o medíocre, com o ruim. Os veículos de comunicação têm grande parcela de culpa, pois são eles que entram em nossas casas diariamente trazendo as noticias que são editadas da forma e maneira que mais convém aos interesses da mídia. E assim produzem programas de má qualidade, camuflando a real situação do cotidiano mundial, onde um copia do outro e no final acabam produzindo as mesmices de sempre. E na falta do novo ficamos estagnados em notícias incompletas. Audiência hoje é mostrar as bizarrices do mundo, isso sim dá ibope.
E em todo esse giro de informação e especulação, poucos governantes estão preocupados com o fechamento de fábricas, com o fracasso das pequenas empresas e o pesadelo do desemprego. Mas como adequar a informação correta à realidade do mundo atual? Primeiro de tudo, valorizando as idéias e os intelectuais. Não vamos renovar o gosto dos maus espetáculos, dos maus livros, maus filmes e músicas, e principalmente, da má informação. O mundo é belo porque possui uma bio-cultura diversificada, por isso, aproveitemos ao máximo toda essa riqueza para abrirmos as mentes e enriquecer cada vez mais o nosso intelecto. Estudar, trabalhar, inventar um emprego, uma nova atividade. Vamos fazer tudo aquilo que sempre quisemos, mas que porém renunciamos antes mesmo de começar, por timidez ou medo. Vamos nos abrir mais, criar algo novo para o mundo que vivemos.

4 de fevereiro de 2010

Web e genética alteram as relações de amor

As pessoas sempre se questionam em como será as relações entre os sexos quando os filhos que agora têm doze ou treze anos chegarem à idade adulta. Que efeito terá a liberdade sexual, pornografia, uso precoce de drogas, a proliferação de conexões na web? A grande verdade é que o futuro é desconhecido, e que estamos errados imaginando o futuro como uma expansão do presente. A mudança é sempre descontínua para o desastre. Muitas vezes, o ponto de partida é uma inovação tecnológica. É notório que foram o uso inadequado dos antibióticos um dos maiores responsáveis pelo enorme aumento da população na Ásia e na África. Outro exemplo foram os efeitos dos contraceptivos que permitiram às mulheres de planejar as suas gerações, para ter uma vida sexual livre, para estudar, desenvolver a sua carreira. No futuro próximo, tenho a impressão de que as relações entre os sexos serão afetadas pela crescente importância das relações através da web, a partir da manipulação farmacológica do sistema nervoso e da engenharia genética.
Ainda hoje muitas pessoas usam produtos químicos para obter uma resposta positiva, para acalmar, para dormir, fazer sexo, para lembrar ou para esquecer. Estão fazendo pesquisas para mudar a memória e manipular a paixão amorosa. Mesmo as aplicações mais impressionantes da genética, com a qual o plano de características físicas e mentais das crianças que utilizam bancos de esperma ou de manipulação do genoma. É como se o ser humano pudesse se auto-construir, correndo o risco de se tornar artificial, inautêntico. Grandes escritores muitas vezes sentiram de forma antecipada os dilemas fundamentais da evolução através da pesquisa. Eu, particularmente, imagino um mundo que está cedendo à manipulação genética, à neurofarmacologia e aos amores virtuais, onde os protagonistas encontram sua própria verdade e humanidade somente através de um grande amor erótico feliz, sincero e fiel. Porque, não confirmar o sucesso do filme "Avatar", onde todos nós queremos viver mais, sermos mais bonitos, saudáveis e felizes, mas também sermos mais nós mesmos, autênticos, reais, e nos sentirmos profundamente compreendidos e amados.

29 de janeiro de 2010

Amor, sexo e suas dificuldades

Para alguns, a sexualidade é essencial, para outros é mais agradável por longos períodos, outros ainda optam por permanecer castos. Mesmo o grande amor pode ser mais ou menos erótico. Para alguns, o erotismo é essencial, olhar seus corpos como se eles estivessem com fome. Para outros o amor é acima de tudo, a intimidade espiritual, cuidados de convivência diária individual. Cada um de nós cai dentro de um desses padrões de pensamento e física e, se ele é adequado, nos faz sentir bem e completo. Eu acho que é apropriado repetir essas coisas, porque nos dias de hoje os sexólogos estão a tentar impor um modelo único para todos, e não descansam de exercitar e divulgar isto, consequenciando uma verdadeira forma de violência.
As grandes diferenças na relação entre sexualidade e amor têm na sua base uma abismal separação que remonta pelo menos dois mil anos atrás. A linguagem do amor, das poesias como no filme "Love Story" onde no seu centro, o sentimento de perda, a agonia da espera, é sempre alimentado pelo sofrimento da chegada ou da partida. Quando existe somente o sexo, o prazer físico, o prazer dos corpos, o amor se afasta, desaparece. Não sabemos o idioma a utilizar para o amor erótico. A linguagem erótica é utilizada apenas em três casos. A primeira é a piada, as ‘brincadeirinhas’ como em "Sex and the City '. O segundo caso é o do desprezo e o da violência, como assistimos nas novelas da atualidade. Já o terceiro é a pornografia pura.
Em todos os casos, a discussão sempre acaba fora das ideologias do amor e da paixão. Em conclusão, em dois mil anos de história, amor e sexo foram separados e ainda não há um texto escrito para contar um amor erótico, total e sincero. Pode até que exista alguém que possa explicar que há um lugar onde sexo, amor, emoção e prazer se juntem e convivam em harmonia pela eternidade, mas será um caso raro. Deliberadamente os diálogos dos amantes são apaixonadamente e intensamente sobre o amor erótico. O que será do futuro do amor e do sexo é uma incógnita que não poderemos afirmar se será bem sucedida, mas estou convencido de que se não darmos mais atenção para o amor nos tornaremos sempre mais emocionalmente esquizofrênicos e não deveremos ficar surpresos se os amores não durarem muito tempo. A sociedade passa por um momento de transformação onde o erotismo esta superando o amor. Por isso, buscar o amor com erotismo será o caminho a ser desbravado para que ambos caminhem lado a lado, sempre.

14 de janeiro de 2010

A batalha sem fim entre construtores e predadores

No decorrer da história, sempre existiram os construtores e os predadores. Eram construtores, os agricultores que preparavam a terra, plantavam e faziam a colheita, ajudando assim no crescimento populacional e na formação das cidades. E também existiam os predadores nômades, erradicados da terra, que atacavam as plantações e roubavam tudo aquilo que havia sido construído. Já os construtores são radicados na terra, amam a sociedade rica e bela a que fazem parte. Eles construíam obras de arte que exprimiam os próprios ideais religiosos, estéticos e morais. Pensamos às estupendas catedrais Medievais, aos palácios e mercados do Renascimento. São maravilhas que vão ao-de-lá da utilidade exagerada, mas, porém criadas para serem eternas, porque constituíam a objetivação dos valores fundamentais e o espírito da comunidade na época. Para os predadores estas coisas não tinham sentido algum. Saqueavam palácios, incendiavam templos e destruíam estátuas. Entanto, ainda hoje existem construtores e predadores. Olhamos para a África, onde em muitos países o poder esta nas mãos de homens armados que as mantêm apontadas contra a população. Seus ‘lideres’ vivem na riqueza, metendo o dinheiro do povo em bancas européias, agindo como invasores estrangeiros, como nômades nas próprias terras. Já em um contexto mundial vemos os predadores que fazem parte da política e do mercado financeiro que hoje agravam ainda mais a crise no planeta. Sito, por exemplo, a população chinesa que estão invadindo e conquistando cada vez mais o mundo com seus produtos e hábitos, e, os sheiks do mundo árabe que especulam e controlam o mercado pretolífero. Por décadas, os colonizadores portugueses defenderam nosso território dos piratas holandeses e franceses (apesar de estes terem, no início, comportado como predadores). Por séculos, nos confins do império romano as legiões de soldados fizeram barreiras contra a invasão dos bárbaros. Mas não iludíamos ainda, porque esta luta continuará sempre. Porque no mundo sempre existirá invasores e predadores que ameaçarão a sociedade. E cada nação sobreviverá somente se encontrar a solidariedade e a coragem de defender as suas atividades, sua cultura e seu povo com seus valores. Porque essas coisas não podem estar à venda jamais.

8 de janeiro de 2010

É necessário renovar, sempre

As sociedades nascem de três modos: ou através da conquista, ou sob a base de interesse econômico, ou de movimentos coletivos. São esses requisitos que dão origem às formações sociais mais importantes. Como o cristianismo, o islamismo, a reforma luterana, o calvinismo, os movimentos nacionalistas, o socialismo, o comunismo, etc. Mas também existem casos como os movimentos maçônicos e da psicanálise. Todos os movimentos, quando nascem, são caracterizados de um grande entusiasmo, do sonho de um mundo de justiça, igualdade, liberdade e irmandade. Mas, depois de um certo tempo, a fé e o impulso generoso diminui e retorna o desejo de riqueza e poder econômico. Nesses tempos, certos grupos se transformam em uma classe dominante que se fecha em torno de si, estabelecendo regulamentos de admissão e ocupam com seus próprios seguidores as posições de poder. Este ciclo, que inicia com entusiasmo, fé e generosidade e termina com o fechamento, dinheiro e poder, se repetiram inúmeras vezes na história da humanidade.
As instituições nascem, se deterioram, morrem. As únicas que sobreviveram pelos séculos são aquelas que conseguiram utilizar ao máximo a energia do ‘coração’ para revitalizar-se. O caso mais famoso é o da igreja católica, que muitas vezes se fez inflexível levando-a a uma grave crise, mas que sempre deu a volta por cima graças à movimentos que a restituía o espírito de sua origem. Pensamos aos franciscanos, aos jesuítas, os salesianos até as religiões de liberação. Também nestes movimentos seguem o ciclo que havíamos descrito anteriormente: perdem fé e força e transformam-se em associações fechadas.
Agora falamos de outras organizações e sociedades que procuram, paralelamente, auxiliar. Por exemplo, hoje no mundo católico está se difundindo a Renovação Carismática que é um movimento que procura ajudar as paróquias a abrirem um caminho de iniciação ao batismo, já que o processo de secularização tem levado muita gente a abandonar a fé e a igreja. Mas aquilo que acontece no campo religioso acontece também no campo cultural. O marxismo, tempos atrás, era considerado como uma fé ardente, hoje se é cristalizada em partidos burocráticos e em potentes cooperativas e associações. Já a psicanálise ou se diluiu na linguagem de hoje ou se transformou em escola esotérica. Até mesmo o amor mais doentio e apaixonado, com o tempo se transforma em uma tranqüila convivência. Portanto, tudo aquilo que queira restar vivo, intenso, autêntico deve abrir-se, renovar-se, renascer.

10 de dezembro de 2009

Não há necessidade de eliminar os rivais

Certa vez, assisti a um filme que tinha como título, "Il papà di Giovanna", onde uma jovem, Giovanna, se apaixona pelo namorado de uma sua amiga. Para tê-lo, mata a amiga, convencida de que o jovem correria para seus braços. Naturalmente o rapaz fica aterrorizado com o acontecido e a repudia, e ela vem a ser hospitalizada em uma clínica psiquiátrica. É um episódio de loucura, mas que na vida cotidiana se vê quase todos os dias, através dos canais de comunicação, e até mesmo com pessoas próximas a nós. Pessoas que se comportam como psicopatas quando se deparam com um obstáculo que se interpõe entre ele e seu objeto de desejo. Pensam em termos simplistas de acabar de uma só vez com o ‘inimigo’, pensando obter automaticamente aquilo que querem.
Na política não é diferente. A maioria dos casos de rachas e trocas de partidos estão relacionadas a armações, complôs, negociações, calúnias, perseguições e tantas outras formas de conseguirem atingir o objetivo máximo, o poder. E para isso não existe fidelidade, integridade, companheirismo, lealdade, respeito. ‘Eliminar’ o rival é o ponto primordial, o ápice, a grande jogada. O mais conhecido atentado político da Antiguidade é a dos conspiradores que assassinaram o imperador Júlio César, em Roma. Eram todas pessoas de grande ingenuidade, como Brutus, Cassius e Cícero. Todos obcecados pelo poder de César, não pensavam em outra coisa a não ser fazê-lo desaparecer. Porém não tinham a menor idéia do que fariam em seguida. Mataram César, e, enquanto o povo aflito gritava nas ruas, seus conspiradores foram presos pelo pânico e fugiram! E Marco Antonio assumiu o poder.
O fenômeno também é generalizado no campo profissional. Alguns chefes estão literalmente assombrados por aqueles que os precedem em suas carreiras. Pessoas que passam o tempo espalhando calúnias e fazendo fofocas, convencido de que apenas surja uma oportunidade, ele certamente subirá de posto. Mas em muitos casos, pessoas assim não atingem seus objetivos, pois demonstram serem incapazes de estarem ao nível almejado.
O erro desse tipo de pessoa é sempre o mesmo, pensar que o obstáculo é representado por uma pessoa, um rival, sem saber se a outra pessoa ou objetivo o escolherá, se o vai querer, se estará a altura de merecer aquilo que tanto deseja. Em muitas competições, muitos perdem mais tempo em intrigas e truques para conseguirem o resultado que buscam, que, planejando, pesquisando, trabalhando e mostrando de forma honesta seu valor e seu potencial, para que seja apreciado por todos.

3 de dezembro de 2009

Excelência e qualidade para combater a crise

Nos últimos anos em todo o Ocidente tem havido um declínio na qualidade de vida das pessoas. Um processo mais acentuado aconteceu nos Estados Unidos, mas que também envolveu a Europa. As causas? A recessão que empobreceu os países ricos e que levou seu povo a procurar produtos mais baratos; a concorrência da Ásia que invadiu o mercado com produtos baratos; e o crescimento e valorização cada vez maior das moedas e produtos dos países emergentes como o Brasil. Mas o preço baixo, por sua vez, está motivando as pessoas a comprarem coisas de baixa qualidade que em pouco tempo são descartadas, havendo assim uma grande perca nos padrões de vida.
Para que os países, ainda, considerados grandes potências, encontrem uma solução para uma recuperação não somente econômica, mas também social e cultural, devem inverter e criar novas tendências, olhar para a qualidade em todas as áreas: produtos, informação, escolas, pesquisas, relações de qualidade humanas. A qualidade é uma forma de pensar e sentir. Da parte de quem produz ter o prazer e o gosto pessoal de fazer o bem, o prazer de ver nascer em suas mãos um produto perfeito, aceitável. Mas, para obter a qualidade é necessário também um consumidor exigente que aprecia as coisas de valor, bem feita, e rejeite os maus. Nós, brasileiros, passamos a produzir produtos de qualidade, porque vivemos em um país maravilhoso, cheio de belezas naturais, de um povo trabalhador, criativo e alegre, e que, principalmente, passou a exigir qualidade.
Esta virtude e o gosto de fazer as coisas com criatividade e dedicação, é um dos nossos bens mais valiosos que temos atualmente em nossa economia. Mas como continuar a manter esse crescimento e essa força que está movimentando nossa economia? Defendendo o artesanato, as pequenas empresas, o desenvolvimento de modernas escolas de formação profissional, solicitando e transmitindo o valor da qualidade para os jovens e a integração com outros povos e novas culturas, e, exigir das grandes empresas um maior envolvimento e contribuição em causas sociais. Uma tarefa possível porque são estas as virtudes maiores do povo brasileiro: força, esperança e vontade de fazer um país cada dia melhor. Nosso País possui grandes problemas que desafiam seu desenvolvimento, mas eles estão sendo aprimorados a níveis acelerados, ao ponto de termos uma expectativa e qualidade de vida crescente a cada década. O mundo está de olho no Brasil, e o Brasil tem que estar de olho no mundo para não cometer os mesmos erros que cometeram as grandes potências econômicas.

26 de novembro de 2009

O vilão, o medroso e o inovador

O medroso treme diante das dificuldades, e a amplia. Mesmo quando começa uma nova aventura, como viajar, ficar noivo ou a compra de um apartamento, repensa tudo cheio de dúvidas. A viagem é, talvez, muito perigosa, os pais deixados para trás se sentem solitários, no caso do compromisso do noivado pode vir a dúvida de não estar mais certo do seu amor ou de sua amada. Então treme, sua frio, decide não partir, procura tranqüilidade, cancela compromissos. Uma pessoa pobre, espiritualmente falando, que prejudica apenas a si mesmo.
O vilão, entretanto, é um assustador cheio de dúvidas que, primeiramente decide uma coisa e depois faz outra, produzindo um dano àqueles que estão a contar com ele e confiar na sua palavra. Em uma guerra, os voluntários e alguns comandantes, que participam de uma ação delicada, obtém a confiança de seus companheiros, que contam com a sua coragem e, em seguida, quando o ato de guerra está em curso, é tomado por medo, pára, se esconde, e por sua culpa, seus companheiros são massacrados. Ele não é medroso; ele é um covarde, um vilão. Eu fiz um exemplo de guerra, mas você sabe que estas coisas acontecem na vida comum.
Inovadores são particularmente expostos a este perigo, porque fazem parte de uma minoria de pessoas que têm a coragem de falar, de escrever o que pensa e o que acredita! Já os vilões fazem isso em privado, porque em público eles têm medo de acusações, condenações, julgamentos, críticas. Por isso que o resultado final quase sempre é de pessoas que não têm a coragem de manter a palavra dada! O faz normalmente por oportunismo: assim que vê um perigo ou um benefício, muda de idéia. Mas há também aqueles que não são capazes de manter a promessa porque são moralmente fracos, porque são vilões. Por isso, escolha bem quem está ao seu redor, estude tudo sobre esta pessoa a quem você deverá confiar, procure ser mais íntimo. Escolher bem diminui a chances de você ter medo do que encarar na vida e te dará mais confiança no sucesso da relação.

18 de novembro de 2009

Amizade e amor, confianças diferentes

Como é bom encontrar um amigo de verdade, quando você está sozinho, quando você está chateado, quando você toma uma decisão. Vê-lo vindo a nosso encontro todo sorridente e dar um abraço já nos traz tranqüilidade. Com ele poderá ser honesto, dizer o que quiser, sem medo, sem vergonha, sabendo que você sabe quem está do seu lado e se precisar de alguma coisa, ele vai te compreender por si mesmo. Seu amigo não irá lhe fazer perguntas que são incômodas, não dirá nada que possa aborrecê-lo. Você pode falar ou calar a boca, parar ou ir embora. Mesmo que estejam afastados há muito tempo um do outro, você não o encherá de perguntas para saber onde esteve e o que fez.
Na amizade o tempo é como se não houvesse. Quando amigos se encontram é como se repreendesse o fio da conversa interrompida, mesmo após anos. Falará sobre o que te preocupa e ele te escutará, sem fazer nenhum esforço. A amizade é antes de tudo, relaxar, descansar. Muito diferente do amor, da paixão amorosa! Os namorados são tão fascinados e obcecados pelo passado dos outros que, mesmo depois de uma breve separação, eles querem saber tudo que o outro fez, pensou. Especulam sobre o mistério que os une. A amizade, porém, ajuda-nos a nós mesmos a tornarmos diferentes. Com o amigo você fala do passado, do futuro, e não discute a amizade. A amizade é um dado, não um problema. O melhor amigo é o que você confia, que revela seus segredos, sem te trair.
Amor, em vez disso, é sempre o risco de o homem ou a mulher que você gosta te dizer não, mudar de idéia, recusar-se diante de um fato. Crianças e adolescentes muitas vezes são ciumentas, porque o amigo é um companheiro da sua vida quotidiana. Já quando ficam adultos não se comportam assim, porque o amor passa a ter significado de posse, conquista. São amantes, porque querem ser amados de forma exclusiva e sofrem quando se separam porque têm absoluta necessidade de contato com o corpo amado, enquanto o seu amigo sabe de toda a sua vida, seus amores, enfim. Então os amigos podem sair quando quiser, ir onde quiser, com quem ele quiser, ficar longe sem que você não sofra. O importante é que se recorde, que te queira bem, e que abra os braços quando você chamar. Amizade é afeto, é amor; mas do amor tem apenas o componente moral e espiritual.

12 de novembro de 2009

Arrisque no amor!

Há décadas atrás a sexualidade era uma manifestação escondida, proibida. Nos dias de hoje não é tão assim, prova disso é que atualmente há garotas que chegam aos trinta anos e que tiveram experiências em que suas mães não poderiam sequer imaginar na juventude delas, mas que, por não terem encontrado o homem certo ou por inibição, ainda não experimentaram um grande amor. Hoje em dia, há cada vez menos romances em novelas e filmes que têm em seu núcleo um verdadeiro grande amor, uma grande paixão. É como se houvesse uma inversão da relação, sexo e amor, onde são mais difundidos o erotismo e o sexo sem amor. E essa divulgação interfere de forma direta nas relações de alguns seguidores.
Antigamente, a sexualidade era perigosa, pois trazia o risco da maternidade indesejada, mas que com o tempo foi controlada e reprimida. Hoje em dia é mais arriscado, pois você se entrega a um amor que pode te causar muito sofrimento, pelo risco de contágio de uma doença letal como a AIDS e até mesmo o envolvimento mortal com as drogas. Especialmente porque a sexualidade é livre e a lealdade não é mais considerada uma virtude e um dever essencial. Isso tudo porque em torno de nós existe um mundo de insegurança e incertezas.
Uma vez separado do amor, o sexo se torna fácil enquanto o amor se torna difícil e é substituído, em sua maioria, por estimulantes artificiais como busca de excitação e por ambientes promíscuos, impulsionados em sua maioria por drogas. Parece que estamos encaminhando para o desaparecimento da exclusividade, onde algumas pessoas procuram por meios artificiais para ligar e desligar o amor. Pessoalmente, acredito que todas elas são formas que empobrece a nossa humanidade. Para muitos o amor é um risco, mas quem não corre este risco não vive.

5 de novembro de 2009

Com a mente aberta se vence o preconceito

Quem tem a mente aberta? Quem te escuta, quem fala com você, quem entende você. Quem vem para você e olha em seus olhos, sorrindo. Quem está interessado nos outros, em suas vidas, problemas e maneira de pensar. Quem enriquece a sua experiência. Vivemos em grupos separados. As crianças estão com crianças, adolescentes entre eles e assim por diante para todas as faixas etárias, grupos sociais, minorias étnicas, ambiente de trabalho. Em todas estas são formadas barreiras de silêncio e indiferença dos preconceitos. Nós assimilamos os preconceitos do nosso grupo social, político e cultural falando só entre nós, lendo os mesmos jornais e assistindo os programas de TV que gostamos. E quando encontramos alguém que é odiado pelo grupo sentimos uma sensação imediata de antipatia. Uma razão que muitas vezes não praticamos hábitos diferentes dentro da nossa cotidianidade é o fato seguirmos cegamente as instruções do nosso rebanho.
No entanto, às vezes, nos livramos desta escravidão do preconceito, por um instante a mente se abre, criamos coragem de falar com uma pessoa que não faz parte do meio que vivemos, assistir a um programa que antes descartaríamos e então descobrimos que é interessante, divertido. Então se abre diante de nós uma perspectiva de que nunca teria pensado. Apenas aqueles que possuem uma mente aberta capaz de julgar objetivamente. É assustador ter um professor com uma mente fechada. Ele não te entende e aprova apenas o que corresponde ao que ele pensa, premia os mais conformistas e condena os inovadores. Imagine então encontrar um juiz que já te condenou antes de vê-lo! Quando penso no dano causado por uma mente fechada eu vejo os efeitos da ideologia fanática como nos campos de extermínio na Alemanha e nos ataques de kamikazes suicidas no meio da multidão. Porque a mente fechada não é apenas obtusa, é também é maquiavélica.
Em cada ser humano há sempre algo que podemos descobrir e explorar. Um professor com uma mente aberta quando examina seus alunos e vê seus defeitos, seus erros, mas também sempre encontra qualidades positivas, o potencial a ser desenvolvido. Por tudo isso, às vezes, eu penso que a abertura da mente é, em essência, o amor e a energia vital para nossa existência.

30 de outubro de 2009

Falha nossa!?

Vitalidade é uma força interior, uma energia que quer vida e dá vida. Ela se manifesta tão simples quanto a alegria de ser você mesmo com entusiasmo e otimismo. Há pessoas que acordam felizes de manhã e saem de casa abertas e curiosas sobre o mundo. Essas mesmas pessoas também sabem enfrentar as situações mais difíceis e os perigos mais graves. Claro que eles também sofrem, eles também têm medo, mas não se entregam ao desespero. Refletem, analisam e buscam novas soluções e, eventualmente, encontram uma saída.
Muitos pensam que as qualidades mais importantes para enfrentar o mundo são o rigor, determinação e vontade. Na realidade, são também importante qualidades como a criatividade, curiosidade, flexibilidade, capacidade de aliviar a tensão, e a de ter prazer do trabalho que estão fazendo. Acima de tudo, a capacidade de se auto-analisar suas ações, para ver os seus erros e corrigi-los imediatamente. Muitos culpam seus infortúnios, seus fracassos e a má sorte, à perversidade e a incompreensão dos outros. Eles reclamam, criticam tudo e todos e acabam por serem tristes e aborrecidos, sendo quase sempre responsáveis por suas falhas. Muitas das vezes porque são preguiçosos, arrogantes, incrédulos e ingênuos por se valorizar pouco. Quem tem grande vitalidade está sempre tentando prever as conseqüências de suas ações e quando as coisas correm mal tem a força para ver onde errou e mudar de direção. As personalidades verdadeiramente criativas são regeneradas constantemente, sempre novas, sempre jovens.
Quem sabe reconhecer a vida é cheio de vida e não a teme. Essas pessoas, portanto, sabem ver nos outros o seu valor e suas qualidades positivas a serem exploradas. Quem está cheio de vida transmite vida, gera vida. Pessoas assim, portanto, transmitem força, confiança, esperança, vontade de agir. Duas virtudes essenciais para todos aqueles que querem criar, construir em qualquer campo, científico, artístico ou político. Todos os personagens que deixaram sua marca na história sempre foram capazes de escolher seus parceiros e persuadir, animar, motivar e gerar entusiasmo. Quem não acredita, quem não tem paixões, quem não ama, não sabe sonhar, não se doa, não produz nada e não deixa nada.

26 de outubro de 2009

Se quiser obter a excelência, não se poupe

Para os gregos a excelência era a virtude mais importante. Qualquer pessoa no seu ramo de atividade ou na sua arte, deveria se dar ao máximo para chegar à perfeição. A paneleira fabrica a panela perfeita, o escultor a mais bela escultura, o navegante conduz seu barco com perícia, o poeta trágico escreve a mais sublime tragédia. E para todos esses, e muitos outros, o período mais belo foi o da pesquisa, quando através do esforço, sentiram nascer alguma coisa em que mesmo, a um certo momento, se impressionaram ao admirar. Hoje, porém, o estímulo à excelência vem impedido por uma pedagogia que procura a facilidade, a mediocridade e a improvisação. Com essa metodologia a juventude não possui informação sistemática, e com isso não consegue concentrar e argumentar suas reivindicações de uma escola mais rigorosa que possa ser contrastada. Com banalidade e mediocridade a sociedade não desenvolve e o indivíduo se deteriora.
A excelência se obtém somente se, cada vez mais, fizermos melhor do que anteriormente, desenvolvendo assim a própria criatividade. Podemos exemplificar através de uma pessoa que já da adolescência trabalha e se dedica muito a seu desenvolvimento social, esse, quando atinge a idade adulta, desenvolve a capacidade de julgar tudo que para ela mesma tem valor ou não.
Assim como o bom arquiteto apenas com um olhar consegue ver a desarmonia de um projeto, um cientista renomado identifica com facilidade a contradição de uma tese, o grande músico percebe o erro de uma única nota. E nós precisamos de gente desse gênero em todos os campos que compõem a sociedade. E principalmente de governantes e dirigentes à altura dos difíceis tempos que vivemos. Mas tudo começa de nós mesmos, da nossa motivação, criatividade e empenho para realizarmos a excelência.